Em sua homilia na celebração da noite do Domingo de Ramos, na Matriz, o Pe. Ionilton fez o seguinte comentário sobre o Evangelho de Mt 27, 11-54:
<> v. 11: "Tu és o rei dos judeus? ... É como dizes!".
Jesus demonstra ter uma identidade assumida. E nós? Assumimos ser cristãos católicos, cristãs católicas com a nossa vida e em todos os ambientes onde nos encontramos?
<> v. 14: "Jesus não responde uma só palavra".
Jesus nos ensina que o silêncio é a melhor resposta para perguntas maliciosas, maldosas, com segundas intenções. O silêncio de Jesus não é um silêncio de omissão, como o de Pilatos, mas um silêncio que provoca questionamento, inquietação.
<> v. 20: "Os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás".
Devemos nos perguntar: quem influencia nossas opções, nossas decisões? Quem faz nossa cabeça? A TV, a internet, a propaganda, o amigo, a amiga, o (a) companheiro(a) de trabalho, o (a) cantor(a), o (a) jogador(a), algum(a) político(a)?
<> v. 21: "Qual dos dois queres que eu solte? Gritaram: Barrabás!".
A escolha errada. Escolhem um assassino e condenam um justo. E nós como andam nossas escolhas? Avaliemos nossas escolhas nas últimas eleições, será que escolhemos Barrabás (ladrão, corrupto) e deixamos de votar em Jesus (= pessoas de bem, honestas)?
<> v. 24: "Pilatos viu que nada conseguia e que podia haver uma revolta... lavou as mãos".
Pilatos agiu por medo de haver uma revolta e se omitiu. Esta omissão de Pilatos levou Jesus à morte. Hoje o medo continua sendo o maior inimigo da cidadania, da promoção da justica e do bem comum. Também a nossa omissão diante das injustiças e da corrupção é causa de muitas mortes.
<> vv. 29-30: "coroa de espinhos... em sua cabeça... se ajoelharam diante de Jesus e zombaram... cuspiram nele... bateram na sua cabeça com uma vara".
Jesus sofre atos de violência física e simbólica. Ontem Jesus, hoje tantos irmãos e tantas irmãs sofrem, também, violências físicias e simbólicas. Não podemos chorar por causa do sofrimento de Jesus no ano 33. Devemos chorar por ele sofrendo hoje em todo irmão e em toda irmã que sofre, que está excluído(a). Lembremo-nos das palavras do próprio Jesus às mulheres de Jerusalém: "Não choreis por mim; chorem por vós mesmas e por vossos filhos".
<> v. 32: "Encontraram um homem chamado Simão da cidade de Cirene e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus".
Simão de Cirene exemplo de solidariedade e compaixão. Ontem Simão, hoje nós; Ontem a cidade de Cirene, hoje a cidade de Campo do Brito; Ontem forçado, hoje livre, por amor a Cristo.