domingo, 28 de agosto de 2011

REFLEXÃO PARA O 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 No Evangelho Jesus nos mostra a necessidade de assumirmos nossa cruz se quisermos segui-lo.

Esse seguimento, do Mestre carregando a cruz, de acordo com o Senhor, possui quatro etapas:

Ir a Jerusalém: “Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém”, local de resistência e de oposição à sua missão; aceitar os sofrimentos causados pelos membros do Sinédrio - anciãos, sumos sacerdotes e mestres da Lei - ou seja, os ricos, os poderes religiosos e os ideólogos; ser julgado, condenado e morto por esses grupos formadores da opinião pública; e ressuscitar ao terceiro dia.

Essa situação proposta por Jesus desagrada aos discípulos e Pedro, encorajado por ter há pouco reconhecido o Senhor como o Filho de Deus e ter recebido um grande elogio por parte de Jesus, permite-se contestar o Mestre.

Jesus discorda radicalmente de um de seus três discípulos preferidos e até o chama de “satanás, pedra de tropeço porque não pensa as coisas de Deus e sim as coisas dos homens!”
Essa advertência de Jesus a Pedro de que ele não pensa nas coisas de Deus e sim nas dos homens, quer dizer que o pensamento e o coração dos discípulos ainda estão tomados pelas coisas mundanas e que por isso ele deseja fazer com que Deus mude de orientação. Para Pedro será Deus que deverá se tornar imagem e semelhança da sua criatura, e não o inverso.
Consequentemente, aceitar a cruz e suas consequências, por este ser o seguimento de Jesus, é divinizar-se, é tornar-se imagem e semelhança de Deus, como quer o Criador. Por isso ela leva à ressurreição.

Disse, então, Jesus: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la: e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida?”

Seguir Jesus - e isso deve ser feito livremente pela adesão do coração - significa abrir mão de toda ambição pessoal, aceitar o que Deus enviar, significa assinar uma folha em branco e confiar absolutamente em Deus.

Não importa se seguir Jesus trará mais ou trará menos sofrimentos. Não é por aí que deveremos nos conduzir. Seguir Jesus é segui-lo por onde ele for, livremente, por adesão do coração e aceitando o que vier, por fidelidade e amor.

Fonte: radiovaticana.org