domingo, 29 de maio de 2011

MARIA, MÃOS SOLIDÁRIAS!

Na próxima terça feira, dia 31, nossa Paróquia celebrará a festa de Nossa Senhora da Visitação, encerrando o chamado mês mariano. Nossos catequizandos e nossas catequizandas farão uma honegagem a Maria com este texto de autoria do Pe. José Ionilton, SDV, onde nos mostra que a atitude de serviço de Maria a Isabel continua no tempo e na história por meio de nós, toda vez que fazemos de nossas mãos,  mãos solidárias em práticas de serviço ao próximo, especialmente àqueles e àquelas que mais precisam. Vamos ler e meditar o texto para uma devoção mariana atual e libertadora.

Maria: Mãos solidárias

Maria continua servindo com suas mãos solidárias por meio de nós, seus devotos, seus filhos e suas filhas. Como?

1. Nas mãos solidárias das mães e dos pais que cuidam dos filhos e das filhas;

2. Nas mãos solidárias dos filhos e das filhas que cuidam de seus pais e de suas mães;

3. Nas mãos solidárias dos esposos que cuidam com amor um do outro;

4. Nas mãos solidárias dos trabalhadores e das trabalhadoras da roça, produzindo para nós os gêneros alimentícios que saciam nossa fome;

5. Nas mãos solidárias dos trabalhadores e das trabalhadoras na limpeza pública, deixando nossas ruas mais limpas;
6. Nas mãos solidárias dos profissionais na área da saúde, especialmente dos que trabalham no serviço público, agentes comunitários, enfermeiros, médicos, serventes, profissionais nos serviços de ambulâncias, do Corpo de Bombeiros e do SAMU, salvando vidas;

7. Nas mãos solidárias dos profissionais na área educação, especialmente dos que trabalham no serviço público de educação, e mais especialmente quem trabalha em creches e no ensino fundamental;

8. Nas mãos solidárias dos agentes das pastorais sociais de nossa Igreja: criança, pessoa idosa, sobriedade, saúde, cesta de São Roque, que salvam vidas, dando amor, carinho, atenção e buscando oferecer os bens necessários para que haja vida e vida plena para todos;

9. Nas mãos solidárias das pessoas empenhadas na construção de uma sociedade mais humana, mais justa e mais fraterna, especialmente os leigos e as leigas de nossa Igreja que atuam na política partidária, nos cargos públicos, nas Organizações não governamentais (ONG´s), nos movimentos sociais, nos sindicatos, e que agem com ética e transparência, buscando servir exclusivamente ao bem comum.

10. Nas mãos que acompanham e fiscalizam a aplicação dos recursos públicos através dos Conselhos Municipais e do controle social das contas públicas;

11. Nas mãos solidárias de tantas pessoas que prestam serviço voluntário em creches, asilos, casas de acolhimento, casas de recuperação de dependentes químicos e hospitais.

12. Nas mãos solidárias que defendem as vítimas de todas as formas de violência, especialmente a violência contra a mulher e que defendem as crianças e adolescentes contra a exploração sexual, através do Conselho Tutelar e de denúncias anônimas pelo telefone;

13. Nas mãos solidárias que apoiam todas as formas de economia popular e de geração de emprego e renda, que valorizam o comércio da nossa cidade e que contratam pessoas da comunidade para prestar serviços temporários.

O Magistério da Igreja:
DA 401: “Queremos estimular o Evangelho da vida e da solidariedade em nossos planos pastorais”.

DA 402: “A Igreja, com sua Pastoral Social, deve dar acolhida e acompanhar as pessoas excluídas”.

DA 406: Queremos “Apoiar a reorientação e a reabilitação ética da política”  e “Formar na ética cristã: conquista do bem comum e luta contra a corrupção”.

Eu preciso de solidariedade, como posso ser solidário?
“Pois as mãos mais pobres são as que mais se abrem para tudo dar”.

“O pouco com Deus é muito; o muito sem Deus é nada. O pouco que repartimos é fartura abençoada”.

 É possível ser solidário neste mundo que nos empurra para o individualismo?
“Somos povo a caminho, construindo em mutirão, nova terra, novo reino, de fraterna comunhão”.

“Se meu irmão me estende a mão e pede um pouco de meu pão, e eu não respondo ou digo não, errei de rumo e direção”.

“De braços erguidos a Deus ofertamos, aquilo que somos e tudo que amamos. Os dons que nós temos compartilharemos, aqueles que sofrem sorrir os faremos”.

REFLEXÃO DO 6º DOMINGO DA PÁSCOA

No Evangelho de hoje, tirado do capítulo 14 de João, temos as derradeiras palavras de Jesus aos seus discípulos. Ele nos aponta o comportamento a ser seguido, o caminho que nos leva a vida. Ele nos coloca sob a tutela do Espirito do Amor, nosso Advogado e que nos trará ao coração tudo aquilo que Ele nos ensinou.

Agir de acordo com o que agrada ao amigo é estar em verdadeira comunhão com ele! Isso se torna realidade quando esse amigo é o Cristo Jesus!

O critério para saber se os cristãos são verdadeiros discípulos de Jesus é a capacidade de um recíproco compromisso pessoal, um indispensável amor mútuo na comunidade e fora dela.

Quando o discípulo ama verdadeiramente, ele faz Deus estar presente. Todo e qualquer sinal de amor é manifestação de Deus.

Temos, como as estrelas, variações na intensidade do brilho. Do mesmo modo, quanto mais nosso amor aos outros for semelhante ao de Deus por nós, mais seremos portadores de seu amor ao mundo. Seremos a epifania de Deus neste mundo.

Na antiga aliança, vemos Deus se manifestar em sinais, hoje, na aliança nova e eterna, o Pai se manifesta ao mundo no cristão que ama Jesus e, por consequência, ama seus irmãos.

Para manifestar o amor de Deus no mundo, para ser sinal de sua presença amorosa, o cristão deverá estar preparado para lutar contra o mal. Essa preparação é feita através da acolhida do Espírito Santo. Será Ele quem dará aos discípulos a força para enfrentar e vencer o Mal. O Mundo verá que o amor de Deus e da Comunidade é mais forte que a morte.

De acordo com o versículo 19, “...o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e e vós vivereis.” A sociedade pecadora matou Jesus, mas ele ressuscitou e se manifesta através das ações de seus discípulos porque esses vivem no Espírito.

Na segunda leitura, tirada da Primeira Carta de Pedro, no cap.3, 18 nos ensina a norma do comportamento cristão: “...Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo , pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.” Do comportamento de Jesus, do justo morrer pelo injusto, nasceu a vida nova. Deus não sente prazer no sofrimento humano, contudo em sua economia da salvação sabe valorizá-lo. Dele, do sofrimento, nasce o desejo de liberdade e vida. Da aceitação da morte por causa da justiça e do Reino surge a vida definitiva, a passagem deste mundo caduco para o Reino da Justiça e da Paz!

Fonte: radiovaticana.org/bra