sexta-feira, 27 de abril de 2012

Católicos preparam carreata de encerramento da semana de mobilização de doação de sangue


Para encerrar essa semana de mobilização de doação de sangue,em parceria com o Hemose, amanhã, 21, será realizada uma carreata, saindo da Catedral, às 8h30, com destino ao Hemose, onde acontecerá mais um momento de doações. O Padre João Santana convida todos que tem carro a levar os parentes e amigos para participar desta atividade. 

Durante toda semana (conforme ilustam as fotos) os católicos participaram da campanha de doação de sangue, de 16 a 21 de abril. Na segunda, 16, um grande grupo de seminaristas e pessoas da comunidade foram até o Hemose para o gesto concreto. O Coordenador de Mobilização da Campanha da Fraternidade, em nível de Arquidiocese de Aracaju, O Padre João Santana, enfatizou o objetivo do evento como sendo para chamar a atenção da sociedade e principalmente os católicos para a prática de doação de sangue, que salva vidas.

A semana de doação de sangue teve como elo motivador realizar um gesto concreto da Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e saúde pública” e como Lema "Que a saúde se difunda pelo mundo" (eclo 38,8)..

“Faça-se presente conosco! Basta ser maior de idade e ter menos de 57 anos e estar gozando de boa saúde e disponibilidade; e se for menor de idade com 16 ou 17 anos basta ter a autorização dos pais ou estar com eles ao seu lado”, conclama o Padre João.


Texto: Edmilson Brito - DRT-SE 1.159

segunda-feira, 23 de abril de 2012

AS DEVOÇÕES EM NOSSA IGREJA!
NOSSA IGREJA INCENTIVA A PRÁTICA DE DEVOÇÕES. ELAS EM SI SÃO BOAS, POIS PODEM AJUDAR NA VIVÊNCIA DE NOSSA FÉ CRISTÃ CATÓLICA.

MAS GOSTARIA DE PARTILHAR UMA PREOCUPAÇÃO PASTORAL: PESSOAS QUE APROVEITAM DAS DEVOÇÕES PARA PROJEÇÃO DE SI MESMOS E ATÉ TIRAR VANTAGENS ECONÔMICAS.

JÁ CONVERSAMOS SOBRE ISTO NO ÚLTIMO CPP - CONSELHO DE PASTORAL PAROQUIAL, MAS PRECISAMOS APROFUNDAR ESTA TEMÁTICA.

EXISTEM MUITOS ABUSOS EM NOME DAS NOSSAS DEVOÇÕES. CRIAM-SE DEVOÇÕES NOVAS PARA SE VENDER IMAGENS E FOLHETOS. FAZ-ME LEMBRAR DE JESUS, NOSSO MESTRE, NO TEMPLO DE JERUSALÉM, EXPULSANDO OS VENDILHÕES: "ESTÁ ESCRITO: MINHA CASA SERÁ CHAMADA CASA DE ORAÇÃO. VÓS, PORÉM, FAZEIS DELA UM COVIL DE LADRÕES" (Mateus 21, 13).

IRMÃOS E IRMÃS NA FÉ CATÓLICA, CUIDADO COM ESTES LADRÕES! CUIDADO COM QUEM A MÍDIA APRESENTA COM SALVADORES DA NOSSA FÉ CATÓLICA.

PRECISAMOS ACLAMAR SIM, AS LIDERANÇAS DE NOSSAS COMUNIDADES QUE DOAM-SE NO SERVIÇO DA IGREJA, NO CONTATO DIRETO COM AS PESSOAS, COM SUA ANGÚSTIAS E SUAS NECESSIDADES, BUSCANDO SERVIR A QUEM MAIS PRECISA!

COORDENADORES E COORDENADORAS DAS CEB´S, DAS PASTORAIS, GRUPOS E MOVIMENTOS QUE UNEM FÉ E VIDA, LOUVAM A DEUS, CELEBRAM A EUCARISTIA E GASTAM UM POUCO DE SEU TEMPO PARA A MISSÃO EVANGELIZADORA, ANDANDO A PÉ, DE BICICLETA, "COMENDO POEIRA", NO SOL QUENTE OU NA CHUVA, SORRINDO E CHORANDO COM AS PESSOAS, COMO NOS RECOMENDA SÃO PAULO: "ALEGRAI-VOS COM OS QUE SE ALEGRAM E CHORAI COM OS QUE CHORAM".

FALAR SOBRE DEUS NOS CAMARINS DAS EMISSORAS DE RÁDIO E TV DE INSPIRAÇÃO CATÓLICA É MUITO FÁCIL.

O DESAFIO PARA NÓS É SER PRESENÇA DE DEUS NA VIDA DOS IRMÃOS E DAS IRMÃS NA REALIDADE DA VIDAS DAS PESSOAS EM SUAS COMUNIDADES.

sábado, 21 de abril de 2012


Campo do Brito (SE), 20 de Abril de 2012

Exmºs . e Revmºs. Bispos Católicos do Brasil
Reunidos na Assembleia Anual
Aparecida - SP

Saudações em Cristo Ressuscitado e em Maria, Mãe das Vocações!

Sou eternamente agradecido à CNBB por sua grandiosa contribuição na minha formação de Consagrado Religioso Vocacionista e Presbítero. Aprendi com a CNBB a viver minha vocação a partir da realidade de nosso povo, especialmente dos empobrecidos e excluídos.
No Texto Base da Campanha da Fraternidade de 2009, a CNBB propõe como pista de AÇÃO, “Divulgar informações sobre canais instituídos para auxiliar a população na defesa de seus direitos, como a Defensoria Pública, as Ouvidorias e Corregedorias, Ministério Público, Conselhos de Direitos, dente outros, bem como organismos da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos humanos e do cidadão” (nº 285).
Tenho buscado assumir o ensinamento social da Igreja e me inspiro muito no Documento de Puebla quando diz que “a dimensão política, constitutiva da pessoa, representa um aspecto relevante da convivência humana” (nº 513), bem como quando afirma que “a fé cristã não despreza a atividade política; pelo contrário, a valoriza e a tem em alta estima” (nº 514).
No subsídio “Reforma para mudar a política” da CNBB e outras entidades, lemos que para fortalecer a democracia participativa devemos “criar mecanismos de participação e de controle social do ciclo orçamentário (formulação/definição, execução, avaliação/monitoramento e revisão) nos âmbitos da União, Estados e Municípios”.
Motivado por estas e outras orientações da CNBB e da Doutrina Social da Igreja, em 2010 comecei a participar da ONG “Mobilizadores Sociais” em Riachão do Jacuípe (BA), diocese de Serrinha (BA), cidade onde morava e trabalhava. Entre os objetivos desta ONG está o do “controle social das contas públicas”, conforme prevê o Artigo 31 da Constituição Federal. Com muitas dificuldades, precisando até recorrer ao Ministério Público, esta ONG conseguiu fazer este serviço de cidadania. Coloquei-me à disposição da ONG para ajudar diretamente, indo até a Prefeitura, à Câmara e a uma autarquia municipal fazer o trabalho de acompanhamento das contas de 2009 junto com outras cidadãs e outros cidadãos.
Descobri algumas coisas que quero partilhar com os senhores reunidos em assembleia:
1. A importância deste serviço de cidadania previsto na Constituição Federal (Artigo 31), nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas dos Municípios, mas tão pouco conhecido e realizado, no combate à corrupção em nosso país;
2. É assustador o uso inadequado do dinheiro público: superfaturamento, notas fiscais frias, serviços pagos e que não foram executados, funcionários fantasmas, salários diferenciados entre servidores na mesma função por causa de vínculo familiar ou de ligação com o grupo político que está no poder, locações de veículos sem necessidade, licitações fictícias, etc.
3. A resistência e as dificuldades criadas pelos gestores para que os cidadãos e as cidadãs possam exercer seu direito, como o tempo reservado, o espaço físico (sala), a pressão psicológica, etc. Tudo isto sinalizou o medo de que se descobrissem falcatruas, desvios, corrupções.

4. Ficou evidente ainda existir pouquíssimo interesse dos cidadãos em geral e de nós católicos em particular de “gastar” tempo com este tipo de serviço voluntário de cidadania. Foram no máximo 10 pessoas que participaram.
Diante do exposto, sabendo do compromisso da CNBB e de cada Bispo do Brasil com a justiça social e o bem comum, venho expor algumas sugestões para que a nossa Igreja possa colaborar mais na divulgação e na implementação deste serviço de cidadania e controle social.
1) Que esta assembleia emita uma nota pública falando da importância do Artigo 31 da Constituição Federal e do controle social das contas públicas, estimulando todas as dioceses, paróquias, comunidades, pastorais, movimentos de nossa Igreja Católica no Brasil a participar desta ação de cidadania.
2) Promover no decorrer do ano um Seminário Nacional sobre o tema “Controle Social das Contas Públicas”, com representantes de cada Regional da CNBB, do Conselho de Leigos, da CRB, CNIS, CNC e CND. Neste seminário se estudaria todas as leis que tratam da questão do controle social e se elaboraria orientações práticas para a popularização deste serviço de cidadania nas dioceses, paróquias e comunidades.
3) Que nesta assembleia em andamento, se indique como urgente e necessário este serviço de cidadania e possa ser sugerido  nas diocese e paróquias a criação da Pastoral do Controle Social das Contas Públicas.
4) Os 60 dias previstos no Artigo 31 da Constituição Federal para este serviço de acompanhamento das contas públicas, não são suficientes, pois temos que descontar sábados, domingos e feriados. No fundo ficam 40 dias úteis. E ainda tem a questão do horário que deixam os cidadãos verem as contas. Em Riachão do Jacuípe (BA), em 2010, por exemplo, só deixaram os cidadãos e as cidadãs realizarem seu direito de fiscalizar o dinheiro público no turno da manhã. Resume-se, assim, a 20 dias. Por isto, partindo das duas experiências bem sucedidas da CNBB, de projetos de iniciativa popular que se transformaram em lei (Combate à corrupção eleitoral e Ficha Limpa) e que tanto bem já fizeram, estão fazendo e irão fazer para o nosso país e para o bem comum, sugiro que a CNBB possa, através da Comissão de Justiça e Paz, encaminhar um novo projeto de lei de iniciativa popular para alterar o Artigo 31 da Constituição Federal, ampliando o prazo de fiscalização das contas públicas para 180 dias, definindo a obrigatoriedade de no mínimo 08 horas diárias, estabelecendo critérios das condições para os cidadãos realizarem seu direito (sala própria, mesas, cadeiras, computador com acesso a internet, serviço de fotocópia, etc.) e determinando punições para os gestores públicos que dificultarem a observância deste direito pela população.
Em Julho de 2010 enviei, via e-mail, uma comunicação ao então Presidente (da CNBB) Dom Geraldo relatando minha experiência. Ele me respondeu dizendo que estava encaminhando para a Comissão Episcopal responsável. Depois não recebi mais nenhuma comunicação.
Na assembleia do ano passado enviei esta mesma comunicação para a Presidência da CNBB, para alguns bispos e para o Pe. Ernane, sugerindo até que uma proposta para a atuação de nossa Igreja neste campo do controle social das contas públicas fosse incluída nas Diretrizes da Ação Evangelizadora que estava sendo aprovada na assembleia passada. Não recebi nenhuma resposta. Por isto volto a repropor este assunto para a Assembleia deste ano.
Sugiro, também, que a CNBB emita uma nota lembrando a Lei 9840/99 de Combate à Corrupção Eleitoral. Nossa Igreja foi a mentora da iniciativa que levou à aprovação desta lei, mas sinto que pouco divulgamos ela na época das eleições. Um apelo da CNBB às paróquias para promoverem algum evento para propagação desta lei seria muito oportuno.
Termino agradecendo a Deus pela vida, vocação e missão dos senhores e suplicando à Santíssima Trindade infinitas bênçãos para esta assembleia e para toda a nossa Igreja no Brasil.
Coloco-me à disposição dos senhores para algum esclarecimento.
Um abraço!

Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV
Rua Siqueira Menezes, 26 – Centro / 49520-000 – Campo do Brito (SE) ioniltonsdv@bol.com.br

domingo, 15 de abril de 2012

REFLEXÃO PARA O 2º DOMINGO DE PÁSCOA

São Lucas deseja nos Atos dos Apóstolos, quando descreve a primeira Comunidade Cristã, incentivar todos nós a que não nos acomodemos com os modelos de sociedade que não estão de acordo com o espírito cristão. Uma sociedade onde se encontram ricos e pobres, pessoas carentes e pessoas que possuem tudo, pessoas exploradoras e pessoas exploradas, é uma sociedade antinatural, pecadora e que agride os planos divinos. Não podemos aceitá-la e, por uma questão de fidelidade à fé cristã, devermos rejeitá-la.

Lucas diz que uma comunidade de acordo com os preceitos cristãos é aquela onde “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”. Era formada, realmente, por pessoas ressuscitadas, livres para partilhar, livres do medo da morte.

Partilhavam porque estavam ressuscitadas, o receio, o medo da partilha, de ficar sem, de morrer, o apego aos bens deste mundo não tinha mais poder sobre elas. Por isso haviam acabado coma a miséria e com o latifúndio. Eram irmãos! Todos tinham tudo, todos viviam com dignidade!

A segunda leitura nos diz que quem vive o ensinamento dos Atos dos Apóstolos é porque segue os mandamentos de Jesus, por que tem fé, crê nele. Jesus mandou amar o próximo como a si mesmo.

No Evangelho, Jesus sopra sobre os discípulos e lhes comunica sua própria missão, formar a nova sociedade, a grande comunidade fraterna. Sua vida, de acordo com os ensinamentos cristãos, vai denunciar o pecado do mundo, mostrar sua caducidade, ao mesmo tempo em que mostra a vida partilhada, da gratuidade, da ausência de carentes, a perenidade da felicidade trazida pela vida partilhada.

Queridos irmãos, precisamos dos bens deste mundo, deveremos usá-los, mas sem sermos seus escravos; eles foram feitos para nos servir. Portanto, através do gesto cristão da partilha, façamos com que eles sirvam à formação de uma nova sociedade e sejam transformados em riqueza espiritual. Assim saberemos dar aos bens que passam uma finalidade que não passa, que é eterna, a caridade, o amor.

Fonte: radiovaticana.org

sábado, 7 de abril de 2012

REFLEXÃO PARA O DOMINGO DE PÁSCOA

É madrugada! Maria, ainda com o ambiente escuro pela ausência de sol, vai ao sepulcro. É noite não apenas na natureza, mas principalmente no coração de Maria Madalena. Alíás, em seu coração não. Ali o amor iluminava. Ela não consegue ficar longe do corpo morto de seu Senhor, daquele que a libertou do mal. Ela não consegue viver sem Jesus!

Ela diz que vai ungir o corpo do Senhor, mas como? Existe uma pesada pedra tampando o túmulo e, além do mais, Nicodemos e José de Arimateia já haviam preparado o corpo. Quando ela chega, a pedra está removida, mas o sepulcro está vazio! Maria sente-se completamente perdida e desolada. Sai correndo para comunicar a Pedro e a João. Ela pede ajuda. Sente-se perdida e impotente.

Quando também experimento a ausência de Jesus, como reajo? Onde e como o busco? No lugar dos mortos ou como aquele que é Vida e que dá Vida?Cristo é, de fato, o Senhor de minha vida?

Prossigamos em nossa oração. Todo aquele que ama está fadado a sofrer muito! Maria vê o sepulcro vazio, um anjo à cabeceira e outro nos pés, mas nada entende. O evangelista quando descreveu esse quadro, quis nos dizer que Jesus é a nova e eterna aliança do Pai com os homens.

O sepulcro, uma caixa retangular aberta e com dois anjos, recorda a qualquer devoto a arca da aliança com os anjos do propiciatório. A aliança nova e eterna foi realizada!Enquanto está com o olhar fixado dentro da sepultura, Maria escuta alguém perguntando a ela por que está chorando. Esse que lhe pergunta quer lhe dizer: “Mulher, por que choras? Você não tem motivo para chorar, antes para se alegrar. As lágrimas de Maria revelam seu grande amor e sua pouca fé.

Jesus entra em diálogo com Maria de modo semelhante como entrou em diálogo com outras pessoas. Revela-se progressivamente, adaptando suas palavras e seus gestos à história dessas pessoas e às situações concretas em que se encontram.

Maria só vai entender que aquela voz é de Jesus no momento em que deixa de olhar para o sepulcro, para o lugar da morte, e volta os olhos e o corpo inteiro na direção contrária. Aí, então, ela vê Jesus, vivo, ressuscitado!

Como Maria, muitas vezes não encontramos Jesus porque não o buscamos vivo, mas sim seu cadáver.

Concluamos nossa reflexão. Assim como Madalena buscava Jesus por toda a parte, também o Ressuscitado seguia seus passos, seus olhares. E a primeira palavra que pronuncia ao dirigir-se a ela é “MULHER”. Depois pergunta por que chora. Jesus continua, em sua nova forma de existência, vindo ao nosso encontro e quer saber quais são as causas de nossa tristeza. Ele é o consolador, é a nossa alegria, é a nossa vida!
Feliz Páscoa!

Fonte: radiovaticana.org

Sábado Santo

Hoje experienciamos o vazio. O Senhor cumpriu sua missão nos redimindo, através de sua paixão e cruz, através de sua entrega até a morte. Na noite passada contemplamos o sepultamento de seu corpo.

Agora, nesta manhã de sábado, a saudade está presente, mas uma saudade cheia de paz e de esperança.

Como Maria, com o coração em luto, a Igreja aguarda esperançosa, que a promessa do Cristo se cumpra, que ele surja, que ele ressuscite.
A ausência não é experiência do vazio, mas aprofunda a presença desejada!

Podemos recordar e refletir sobre os sábados santos de nossa vida, nossas experiências de vazio após sofrimentos e perdas.
Como vivenciamos esses mistérios dolorosos quando irromperam em nossa existência? Permitimos que luz da fé na certeza da vitória da Vida, iluminasse nossa mente e aquecesse nosso coração? Preenchemos esse vazio abrindo as portas de nosso coração a Jesus, Palavra de Vida, de Eternidade? Ou nos fragilizamos mais ainda, permitindo que a escuridão da morte nos envolvesse?

Jesus é Vida! Nossa Senhora, a verdadeira discípula, na manhã de sábado permaneceu, apesar da dor, do luto, esperançosa. Ela acreditou nas palavras de seu Filho e não permitiu que o sofrimento pela perda dissesse a última palavra, mas que a palavra definitiva seria a promessa de seu Filho, a própria Palavra, que disse que iria ressuscitar que ele era o Caminho, a Verdade, a Vida!

Hoje à noite iremos celebrar a Vitória da Vida, a ressurreição de Jesus, o encontro do Filho ressuscitado com a Mãe que deixará de ser a Senhora das Dores, para ser a Senhora da Glória.

Contudo, para nós que perdemos entes queridos, esse encontro ainda não aconteceu e sabemos que nesta vida, não acontecerá. Como viver, então, a Páscoa da Ressurreição?

Nossa vida deverá ser um permanente Sábado Santo, não com vazio, mas pleno de fé, de esperança na certeza da vitória da Vida e que também teremos o reencontro que Maria teve, e será para sempre! Quanto mais nos deixarmos envolver pela Palavra de Vida, que é Jesus, mais nos aproximaremos da tarde da ressurreição; de modo mais intenso essa palavra irá nos iluminar e aquecer.

Que nossas perdas não nos tirem a alegria de viver, que nos é dada com a presença de Jesus, a Vida plena, Eterna.

Fonte: radiovaticana.org

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta - feira Santa

Rezar a Paixão do Senhor é segui-lo no seu esvaziamento por amor do mundo, dos homens.
O Senhor está sozinho em sua luta pela salvação do mundo. Ele dará o sim ao Pai, um sim total e definitivo em nome de toda a Humanidade.
Após a Ceia, o Senhor se retira para rezar com seus discípulos, mas eles dormem. Jesus sente a solidão. É difícil ficar só. Ele volta três vezes ao grupo, mas eles dormem. Diante do Senhor o universo do pecado, do desconhecimento do amor divino, do menosprezo do carinho de Deus.
Jesus sente o peso dos pecados de todos os homens. Sente o peso da natureza humana em ruptura com o Pai, submetida ao “Príncipe das Trevas”.
É a hora da opção, da escolha definitiva. Ele sendo o “SIM DO PAI” deve ratificar sua missão.
Até em sua carne repercute o drama de sua escolha a ponto de suar sangue.
“Minha alma está triste até a morte”. Jesus é tentado a largar tudo, a renunciar. Ele diz: “Pai, afasta de mim este cálice”!
Contudo esse grito de dor, já é demonstração de confiança e também já é uma aceitação.
Pai, não o que eu quero, mas o que Tu queres!
E nós, como vivemos os momentos duros de paixão, de solidão?
Sejamos humildes como Jesus foi humilde...
Ele, o filho de Deus pede e aceita o reconforto do Anjo... Sinal do amor do Pai.
Não nos espantemos de oscilar daqui, dali e de repetir sempre as mesmas palavras...
Jesus vai-e-vem, busca apoio e a ele renuncia.
Diz sempre as mesmas palavras... O AMOR SEM PALAVRAS.....
Apesar de sua agonia, Jesus pensa nos outros, em seus Apóstolos: Rezai para não entrardes em tentação”.
Alma de Cristo, santificai-me
Corpo de Cristo, salvai-me
Sangue de Cristo, inebriai-me
Água do lado de Cristo, purificai-me
Paixão de Cristo, confortai-me
Ó Bom Jesus, ouvi-me
Dentro de vossas Santas Chagas, escondei-me
Não permitais que me separe de vós.
Na hora da morte chamai-me e
mandai-me ir para vós. Amém

Fonte: radiovaticana.org

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quinta - feira Santa

Entramos hoje, de modo profundo, no mistério da morte e ressurreição do Senhor. Para que isso seja vivido como desejaríamos, se faz necessário tomar atitudes espirituais apropriadas. A primeira é um recolhimento, um sair de si, em um descentramento, abandonando o que nos é próprio, como nossos problemas e decisões, para nos abrirmos a uma realidade ainda misteriosa, e que nos será revelada, à medida em que estivermos abertos para ela.

Jesus padece e merece um amor maior do que agora sinto.

Não deveremos nos fixar tanto nas dores de Jesus, pois isso poderia nos distrair, mas voltar o olhar de nosso coração para o motivo de tal entrega que ele faz de si: o amor de Deus revelado na relação entre o Pai e o Filho.

Nesse sentido a cruz deverá deixar de ser um lugar de suplício e tornar-se o lugar onde brilha a glória de Deus e de onde ela é irradiada para toda a humanidade. Diferentemente da árvore do paraíso, onde o homem disse não a Deus, na árvore da cruz, o homem diz sim ao Pai.

Seguir Jesus Cristo implica em uma união de destino, em que a cruz surge como possível conseqüência de um seguimento fiel.

Na última ceia vemos a entrega livre de Jesus. Na hora da paixão física, na cruz, Jesus já se entregara por completo, fazendo-se obediente até a morte de cruz, sob os sinais do pão que já havia comido e do vinho que já havia bebido; ou sob o sinal das vestes depostas para lavar os pés dos discípulos.

Celebrar a quinta-feira da Ceia do Senhor, não se resume à celebração da Eucaristia, mas celebrar a Eucaristia deveria ser o ápice de um dia, de uma semana que foi marcada pelo êxodo de si mesmo, pelo esvaziar-se, para permitir que o amor de Deus falasse em nós e por nós.

Celebrar a Ceia de Jesus significaria que me despojei de mim mesmo, não só de minhas vestes, e lavei os pés de meus irmãos, isto é, prestei a eles o serviço do amor, do perdão, proporcionando vida de acordo com suas necessidades.Eucaristia é serviço, é partilha de dons, de vida!

Fonte: radiovaticana.org

domingo, 1 de abril de 2012

Domingo de Ramos

A partir de hoje memorizamos a figura de um justo sofredor, Jesus Cristo, que vence a batalha pela coerência, que enfrenta todo tipo de insulto, tortura e perseguição. Sua atitude foi sempre contra a violência e a opressão, e acaba vencendo. Não só isto, mas também convencendo os opressores de que estavam errados.

É a Semana Santa, momento em que o aparente fracasso se transforma em vitória, o que era considerado maldição pelos judeus, isto é, a morte acontecida na cruz, transforma-se em glória. Foi a realização plena daquilo que já era previsto no Antigo Testamento, nas palavras sábias e inspiradas proferidas pelos profetas.

Jesus, em toda a sua paixão e morte na cruz, mostra que a violência não é vencida com outra violência e com vingança. Revela também que o sofrimento nunca pode ser causa de desânimo e de perda total de esperança. Deve ser sim, fonte de atenção aos apelos do momento e ao caminho de conquista de uma cultura de paz.

Ater-se ao mundo da violência é deixar de ser a imagem, a semelhança, ou a forma de Deus. É ir à contramão dos indicativos e dos princípios cristãos, de ter capacidade de perder algo para evitar a violência. Nesta atitude está o começo de uma nova humanidade, dando sentido à vida como sendo de Deus e não nossa.

No mundo do desequilíbrio, do estres e da violência, temos que estar atentos aos fatos, ao livro da vida e responder a eles de forma coerente e convencidos de que o bem, a paz e a vida saudável são realidades possíveis. Foi justamente isto que Jesus, na Semana Santa, quis deixar claro em suas atitudes.

Interessante que Jesus sofre e é massacrado justamente por ter sido justo. É o caso do ímpio que persegue o justo, porque este fala a verdade, atitude que ofende quem pratica a inverdade. Mas em Jesus acontece a vitória do derrotado, o sucesso do fracassado, a glória da humilhação e a vida que nasce da morte.

Fonte: radiovaticana.org