segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CENTENÁRIO E CONGRESSO EUCARÍSTICO ARQUIDIOCESANO














A Arquidiocese de Aracaju está comemorando o aniversário de 100 anos de Diocese e 50 de Arquidiocese. Neste momento de solenidade da história deste território, podemos posicionar-nos melhor diante da pessoa do “Verbo feito carne”, referindo-nos com a fidelidade, àquilo que Cristo confiou aos seus discípulos durante a última Ceia: “Façam isto em memória de mim” (1 Cor 11, 24-25).
A Igreja, portanto, se prepara para tão grande festa meditando sobre a Eucaristia, empenhando-se para penetrar mais profundamente no mistério, a fim de compreender melhor o seu sentido e o seu valor e de vivê-lo com maior fé e mais amor.
Como festejar tão grande data sem comemorar de maneira especial a Eucaristia, por meio da qual Cristo se entregou e se renova em cada um de nós?
A melhor maneira para se celebrar, é também preparar-se para o crescimento espiritual; é permitir que penetre em nós a Vida Divina, que vem do Pai, está concentrada no Filho e nos é dada no sacramento com uma efusão do Espírito Santo.
É nesse contexto que nossa paróquia contribui na formação, aprofundamento e reflexão sobre a Eucaristia na dimensão catequética, espiritual e pastoral.

FORMAÇÃO EUCARÍSTICA - PARTE 3


EUCARISTIA
UNIÃO ÍNTIMA COM CRISTO

            A refeição eucarística tem como primeiro fruto uma união intima com Jesus. Ele entra como alimento na pessoa do fiel para estreitar com ele as relações mais profundas e transformar todo o seu interior.
            Jesus disse: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, vive em mim e eu vivo nele” (Jo 6,56). A finalidade da refeição eucarística, não consiste em uma união passageira, mas duradoura. Aquele que recebe o corpo de Cristo na comunhão recebe-o para estabelecer com Ele uma intimidade destinada a prolonga-se.
            Falando da vida da graça, durante a última Ceia, Jesus se autodefiniu como videira, cujos ramos propagam a vida. Para os ramos a questão vital é permanecer unidos à videira. “Permaneçam em mim, como eu em vocês”. Essa recomendação, sobretudo, visa a garantir a fecundidade da vida. “O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto” (Jo 15,4). “Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15,5). Permanecer unido a Cristo, permanecer nele como Ele permanece em nós, é um objetivo a ser perseguido, porque é resposta à necessidade mais profunda da pessoa.

FORMAÇÃO EUCARÍSTICA - PARTE 2

EUCARISTIA
SACRAMENTO DE VIDA ETERNA
           
            O sacramento da Eucaristia é o centro e o coração de toda a liturgia da Igreja de Jesus Cristo. Pois é nele que se cumpre, dia após dia, em toda a terra, a missão confiada aos apóstolos por Jesus, na véspera da sua Paixão: “Fazei isto em minha memória”. Por isso a nossa celebração está fundada no memorial da Última Ceia de Jesus, tal como São Paulo a relata no seu testemunho sobre a santa Tradição (1 Cor11,23-25).
            O sacrifício de Jesus Cristo constitui a comunidade. E nela manifesta-se como comunidade de ação de graças e de louvor, comunidade de partilha da comunhão.
            A Eucaristia é o memorial da última refeição de Jesus e do seu sacrifício na Cruz. Não se trata só de uma lembrança dos acontecimentos passados, mas da reatualização desses acontecimentos. Em cada Eucaristia, Cristo torna-se presente e atuante no próprio ato da sua Páscoa: sua morte e ressurreição que nos salvam, dão-nos a sua vida e nos unem a Ele. A Eucaristia é um sacrifício, porque torna presente o único sacrifício da Cruz (CIC 1363-1366)*.  
            Ao comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, os cristãos estão unidos pessoalmente a Cristo. Ao receber o mesmo pão, que é o próprio Corpo de Cristo, os cristãos ficam igualmente unidos uns aos outros da maneira mais profunda e mais íntima possível. É por isso que a Eucaristia constitui a Igreja. A união ao Corpo eucarístico constrói o Corpo místico de Cristo: “Porque há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo” (1 Cor10,16-17). Por isso, ainda, a Eucaristia é a inauguração do banquete da glória futura, o “banquete das núpcias do Cordeiro” (Ap 19,9) (CIC 1130 e 1402-1403)*.

* CIC – Catecismo da Igreja Católica.

FORMAÇÃO EUCARÍSTICA - PARTE 1

EUCARISTIA É AÇÃO DE GRAÇAS

Um olhar mais amplo para o valor e a importância da Eucaristia na vida cristã ajuda-nos a reconhecer a maravilhosa riqueza da invenção divina. Mais especificamente, ajuda-nos a compreender melhor a consciência da palavra “Eucaristia”, que significa “Ação de Graças”. 
Em Cristo, a Eucaristia é animada pela ação de graças dirigida ao Pai. Ela nos faz entrar nesse clima fundamental de agradecimento, fazendo-nos apreciar os dons divinos; neles se manifestam a sabedoria soberana de todo o plano da salvação e a bondade que derrama os benefícios da presença sacramental de Cristo, do seu sacrifício e da sua refeição, para o crescimento da Igreja e de cada cristão em particular. A Eucaristia faz desenvolver a fé, o amor, a esperança, atribuindo assim um caráter de plenitude à ação de graças.

domingo, 28 de novembro de 2010

Advento

      O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos. Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.
Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Coroa do Advento:
      Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

Termo:
Advento vem de adventus, vinda, chegada, próximo a 30 de novembro e termina em 24 de dezembro. Forma uma unidade com o Natal e a Epifanía.
Cor:
A Liturgia neste tempo é o roxo.
Sentido:
O sentido do Advento é avivar nos fiéis a espera do Senhor.
Duração:
4 semanas

Fonte: wiki.cancaonova.com

sábado, 20 de novembro de 2010

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

                                     Jesus Cristo ontem, hoje e sempre

      A Festa de Cristo Rei é uma das mais importantes no calendário litúrgico, por que celebramos aquele Cristo que é o Rei do Universo. O seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz. A festa de Cristo Rei foi estabelecida pelo Papa Pio XI, em 11 de março de 1925. O Papa quis motivar os católicos a reconhecerem em publico que o líder da igreja é Cristo Rei. Mais tarde, a data da celebração foi mudada dando um novo senso. O ano litúrgico termina com esta, que salienta a importância de Cristo como centro da historia universal. É o alfa e o ômega, o principio e o fim.
    
     Cristo reina nas pessoas com a mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, quer dizer para sempre e para todos os homens.
    
     Com a festa de Cristo Rei é encerrado o ano litúrgico. Essa festa tem um sentido escatológico, na qual celebramos Cristo como Rei de todo o universo. Nos sabemos que o Reino de Cristo já começou a partir de sua vinda na terra há mais de 2 mil anos, porem Cristo não reinará definitivamente em todos os homens até que sua volte ao mundo com toda a sua gloria no final dos tempos. Na festa de Cristo Rei, celebramos o que Cristo pode começar a reinar em nossos corações no momento em que permitimos isso a ele, e o Reino de Deus pode, desse modo, fazer-se presente em nossa vida. Dessa forma, estabelecemos o Reino de Cristo de agora em diante em nós mesmos e em nossas casas, no emprego e na vida.

Fonte: Editora Ave Maria

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Campanha para a Evangelização começa domingo

   “Em Cristo somos novas criaturas”. Este é o lema da Campanha para a Evangelização (CE) que começa no próximo domingo, 21, em todas as dioceses do Brasil. Aprovada pela 35ª Assembleia Geral da CNBB em 1997, a Campanha tem como objetivo arrecadar fundos para a sustentação do trabalho de evangelização da Igreja no Brasil.

A CE é realizada durante o advento e termina no dia 12 de dezembro. Nas celebrações deste dia é feita uma coleta em todas as paróquias e comunidades eclesiais.

“A Campanha para a evangelização, além de estar em perfeita harmonia com o espírito do tempo do Advento, também tem a finalidade de angariar fundos que garantam a continuidade da obra evangelizadora em nosso país”, explica o presidente da Comissão da CNBB responsável pela Campanha, dom Raymundo Damasceno Assis.

“Com o resultado da coleta nacional para a evangelização, não só realizamos a manutenção da CNBB nacional e regional e a realização de seus trabalhos, como também financiamos projetos evangelizadores em todo o território nacional”, acrescenta dom Damasceno.

Com o tema “Encarnação e nova criação”, a Campanha deste ano traz como uma das novidades um texto-base que aprofunda o lema “Em Cristo somos nova criatura”. O texto dá, também, orientações para a organização e animação da Campanha nas dioceses e paróquias.

Segundo o texto-base, ao propor este tema e lema, que estão em sintonia com a Campanha da Fraternidade do próximo ano, a Campanha visa “despertar nos fiéis a relação entre fé e vida, através da conscientização sobre a responsabilidade diante da vida no planeta como elemento essencial para a realização do trabalho evangelizador a fim de que, pela palavra, pela ação e pela doação pessoal e material, todos contribuam de maneira mais efetiva para a ação evangelizadora da Igreja”.
 
Doações pelo serviço 0500

Pela primeira vez, a Campanha para a Evangelização vai receber doações também por telefone. A CNBB contratou um serviço 0500, que receberá doações a partir de domingo, 21, até o dia 12 de dezembro. Os doadores poderão ofertar 5, 10 ou 15 reais discando, discando, respectivamente, os números 0500-2512-005; 0500-2512-010 ou 0500-2512-015.

Outra opção será através de boleto bancário emitido via internet. Na página eletrônica da CNBB foi criado o link http://www.cnbb.org.br/evangelizar/ para este serviço, cujo acesso só poderá ser feito a partir do próximo domingo. Há, ainda, a opção de fazer depósito diretamente no banco, na conta 9-0, da Agência 2220, Operação 003, da Caixa Econômica Federal, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A coleta da Campanha para a Evangelização é distribuída da seguinte maneira: 45% ficam na própria diocese; 20% vão para o Regional da CNBB e 35% se destinam à CNBB.

Fonte: www.cnbb.org.br

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Igreja Católica é 2ª instituição mais confiável no Brasil, indica estudo

      Uma pesquisa que aponta o Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), feita pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que a Igreja Católica está em 2º lugar no ranking de confiança das instituições. Com 54%, ela fica atrás apenas das Forças Armadas, que têm 66%.

Antes a Igreja ocupava a 7ª posição, com 34%. Houve, portanto, um aumento de 60% no terceiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores.

"A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", disse a professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil Luciana Gross Cunha.

O ICJ Brasil foi criado pela Escola de Direito da FGV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. Nesta pesquisa o Judiciário aparece em 8º lugar com 33%.

Outras instituições tiveram o seguinte resultado: Grandes Empresas (44%); Emissoras de TV (44%); Governo Federal (41%); Imprensa escrita (41%), Polícia (33%); Congresso Nacional (20%) e os partidos políticos (8%).

Fonte Texto: www.cnbb.org.br

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Finados – Celebrar a vida e a esperança

Dia de reflexão, saudade e esperança

        A celebração do dia de Finados nos recorda o sentimento de saudade e de perda dos entes queridos!
        Reviver e lembrar, tal data enche-nos de esperança para reencontrar um dia quem nos fez e ainda faz falta. Cristo morreu, ressuscitou e abriu-nos a passagem para a casa do Pai, o Reino da vida e da paz. Quem segue Jesus nesta vida é recebido onde Ele nos precedeu. Portanto, enquanto visitamos os cemitérios, recordemo-nos que ali, nos túmulos, repousam só a matéria ficando a expectativa da ressurreição final. No livro da (Sabedoria 3,9) nos fala sobre a confiança em Deus e através dele compreenderemos a verdade para alcançarmos a graça e a terra dos eleitos. Cristo nos ensina a ver a morte como algo natural sem que haja medo, em (Jo 10, 10) nos diz ”Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”
      Através da ressurreição abre-se a porta para uma eternidade ao lado do Senhor da Messe “O Nosso Deus”.
     Não adianta visitarmos cemitérios, dedicarmos nossas horas em prantos ou flores regadas de lágrimas, devemos sim recordar os bons momentos e reascender em nós a graça do Cristo Jesus como nosso Salvador e Redentor, e nutrir-nos da esperança de encontrarmos um dia na plenitude aquelas pessoas que nos precederam aqui na terra.
     Lembremos de nossos entes queridos, mas sim dos bons momentos, na vida o que plantaram e fizeram, fazendo memória de uma flor viva que resplandece e não perde seu aspecto diante da ausência e da separação. Recordemos o dia 02 de novembro como uma data transitória para o fortalecimento de nossa fé e para a ressurreição. Rezemos pelos falecidos e peçamos ao Senhor o descanso eterno e a luz para encontrardes a paz!   
 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A celebração da festa de todos os Santos


  Neste dia a Igreja militante honra a Igreja triunfante


     No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a festa de Todos os Santos. Segundo a tradição, ela foi colocada neste dia, logo após 31 de outubro, porque que os celtas ingleses - pagãos -, celebravam as bruxas e os espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas nesta noite (Halloween).

     Nesse dia, a Igreja militante (que luta na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu “celebrando, numa única solenidade, todos os Santos” – como diz o sacerdote na oração da Missa – para render homenagem àquela multidão de Santos que povoam o Reino dos Céus, que São João viu no Apocalipse: “Ouvi, então, o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel. Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão". "Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.” (Ap 7,4-14)

     Esta imensa multidão de 144 mil, que está diante do Cordeiro, compreende todos os servos de Deus, aos quais a Igreja canonizou através da decisão infalível de algum Papa, e todos aqueles, incontáveis, que conseguiram a salvação, e que desfrutam da visão beatífica de Deus. Lá “eles intercedem por nós sem cessar”, diz uma de nossas Orações Eucarísticas. Por isso, a Igreja recomenda que os pais ponham nomes de Santos em seus filhos.
     Esses 144 mil significam uma grande multidão (12 x 12 x 1000). O número doze e o número mil significavam para os judeus antigos plenitude, perfeição e abundância; não é um valor meramente aritmético, mas simbólico. A Igreja já canonizou mais de 20 mil santos, mas há muito mais que isto no Céu. No livro 'Relação dos Santos e Beatos da Igreja', eu pude relacionar, de várias fontes, quase 5mil dos mais importantes; e os coloquei em ordem alfabética.

     A "Lúmen Gentium" do Vaticano II lembra que: "Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49) (§956).
     Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia a seus frades: “Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida”. E Santa Teresinha confirmava este ensino dizendo: “Passarei meu céu fazendo bem na terra”.

     O nosso Catecismo diz que: “Na oração, a Igreja peregrina é associada à dos santos, cuja intercessão solicita” (§2692).

     A marca dos santos são as bem–aventuranças que Jesus proclamou no Sermão da Montanha; por isso, este trecho do Evangelho de São Mateus (5,1ss) é lido nesta Missa. Os santos viveram todas as virtudes e, por isso, são exemplos de como seguir Jesus Cristo. Deus prometeu dar a eterna bem-aventurança aos pobres no espírito, aos mansos, aos que sofrem e aos que têm fome e sede de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos, aos perseguidos por causa da justiça e a todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da ofensa pública e da humilhação.

     Esta 'Solenidade de Todos os Santos' vem do século IV. Em Antioquia, celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do “Panteon” dos deuses romanos a Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835, esta celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro.

     Cada um de nós é chamado a ser santo. Disse o Concilio Vaticano II que: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Lg 40). Todos são chamados à santidade: “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48): “Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos santos” (LG 40).

     O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual (cf. 2Tm 4). O progresso espiritual da oração, mortificação, vida sacramental, meditação, luta contra si mesmo; é isto que nos leva gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças. Disse São Gregório de Nissa (†340) que: “Aquele que vai subindo jamais cessa de ir progredindo de começo em começo por começos que não têm fim. Aquele que sobe jamais cessa de desejar aquilo que já conhece” (Hom. in Cant. 8).
 Fonte: www.cancaonova.com