quinta-feira, 31 de março de 2011

Estudo sobre a Campanha da Fraternidade 2011

No domingo, dia 27 de março, no Salão Paroquial, houve um estudo sobre a Campanha da Fraternidade de 2011, que tem como tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta” e o lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). O estudo foi feito pelo Pe. Ionilton, SDV (pároco). Teve a presença de mais de 80 pessoas, atuantes nas CEB´s, pastorais, grupos e movimentos da paróquia. Como gesto concreto do estudo, foi sugerido pelo Pe. Ionilton e aprovado pela maioria dos participantes, que a Paróquia dará uma ênfase ao Dia Mundial do Meio Ambiente (dia 05 de junho), realizando um passeio ciclístico de conscientização ecológica e uma mesa redonda sobre a questão do saneamento básico na cidade, sobre a coleta seletiva do lixo e sobre a qualidade da água que abastece o município. Pe. José Ionilton ficou de levar a proposta para o CPP - Conselho de Pastoral Paroquial de abril e definir o roteiro da atividade.



Cidadania Ativa

Transferência de Recursos por Estado/Município

UF: SERGIPE   Exercício: 2010

Totais da Consulta
Descrição do total
Valor
Total destinado ao Estado:
R$
4.309.069.604,91
R$
2.449.598.856,10
Total destinado aos municípios do Estado:
R$
1.859.470.748,81
Total destinado ao município CAMPO DO BRITO:
R$
14.945.943,04

Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Encargos Especiais 099E - Auxilio Financeiro aos Entes Federados Exportadores Compensação de Exportação - CEX  2.132,97
Assistência Social 8662 - Concessão de Bolsa para Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Transferência de Renda - PETI  4.650,00
Encargos Especiais 0369 - Cota-Parte dos Estados e DF do Salário-Educação Cota-parte dos Estados e DF do Salário-Educação  221.479,60
Assistência Social 20EV - Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas   9.000,00
Encargos Especiais 0045 - Fundo de Participação dos Municípios - FPM (CF, art.159) FPM - CF art. 159  6.300.465,24
Saúde 8577 - Piso de Atenção Básica Fixo PAB Fixo  299.415,00
Saúde 20AD - Piso de Atenção Básica Variável - Saúde da Família PAB Variável - PSF  752.250,00 Saúde 20BA - Prevenção, Preparação e Enfrentamento para a Pandemia de Influenza Prevenção, Preparação e Enfrentamento para a Pandemia de Influenza ( gripe das aves)  4.305,95
Assistência Social 8446 - Serviço de Apoio à Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família Indice de Gestão Descentralizada - IGD  56.296,70
Assistência Social 20B8 - Serviço Socioeducativo para Jovens de 15 a 17 anos Projovem Adolescente  97.987,50
Assistência Social 2A60 - Serviços de Proteção Social Básica às Famílias PAIF/CRAS  99.000,00
Assistência Social 2A61 - Serviços Específicos de Proteção Social Básica Serviço de Proteção Social Básica para Criança e Idoso  28.529,00
Encargos Especiais 006M - Transferência para Municípios - Imposto Territorial Rural Transferência - ITR - Municípios  3.833,63
totalLiberadoConcedenteMunicipio
Recursos Recebidos pelo Município de Campo do Brito (SE) do Governo Federal em 2010

Repasses do Governo Federal para o município acumulado em 2010:     R$ 14.945.943,04

Recursos Recebidos por Área
Encargos Especiais -------------------------------------------------------------
R$
10.048.445,31
Assistência Social --------------------------------------------------------------
R$
  2.195.108,20
Saúde --------------------------------------------------------------------------
R$
  1.241.765,48
Educação ----------------------------------------------------------------------
R$
  1.041.374,05
Agricultura ---------------------------------------------------------------------
R$
     419.250,00

Recursos Recebidos por Ação
FPM - CF art. 159 -------------------------------------------------------------
R$
6.300.465,24
FUNDEB ----------------------------------------------------------------------
R$
3.228.278,60
PAB Variável - PSF ------------------------------------------------------------
R$
   752.250,00
Promed -------------------------------------------------------------------------
R$
   515.113,83
R$
   419.250,00

Recursos Pagos Direto ao Cidadão
Bolsa Família --------------------------------------------------------------------
R$
1.834.395,00
Transferência de Renda - PETI --------------------------------------------------
R$
       4.650,00

Fonte: http://se.transparencia.gov.br/Campo_do_Brito

domingo, 27 de março de 2011

REFLEXÃO PARA O III DOMINGO DA QUARESMA

      CRISTO É ÁGUA PARA NOSSA SEDE! 

       Em nossa vida, quando tudo vai de acordo com os nossos desejos, ficamos alegres, contentes e cordatos. Mas basta acontecer algo que não estava planejado, ou melhor, faltar algo com que contávamos, para que nossa alegria desapareça e comecemos a duvidar de tudo, inclusive daquela pessoa que proporcionou e continua nos proporcionando esses bens. Assim aconteceu com o povo judeu após a libertação do Egito.

Enquanto caminhavam rumo à terra prometida, a água veio a faltar. A reação foi tamanha que esqueceram as maravilhas que o Senhor havia operado em favor deles e até chegaram a desconfiar da fidelidade de Deus. Apesar dessa atitude, o Senhor continua fazendo o bem ao povo e providencia a água.

Podemos neste momento, fazer um exame de consciência de nossa vida. O Senhor nos deu a vida, nos alimenta, nos deu família, saúde e uma infinidade de bens, sejam espirituais ou materiais. Qual o nosso comportamento quando algo nos falta? Continuamos a nos sentir o centro do amor de Deus, ou nos esquecemos tudo o que Ele nos presenteou e só estamos atentos àquilo que nos falta?

No Evangelho, a samaritana vai atrás da água para matar sua sede. Jesus, também. É meio-dia!
Lembremo-nos que alguns meses mais adiante, nessa mesma hora, Jesus dirá que tem sede. Será do alto da cruz.

A samaritana escutando Jesus, diz desejar da água que ele lhe oferece, para que todas as suas necessidades sejam saciadas e ela não precise mais vir ao poço. Jesus continua a conversa e a samaritana, entendendo sua proposta, dá um salto qualitativo e deseja a água viva, aquela que irá aplacar não seus desejos limitados, mas a que irá saciar seus desejos de eternidade. Ele fala da nova vida que nos dará através de sua morte e ressurreição, assumida por nós nas águas batismais.

São Paulo, em sua carta aos Romanos, nos diz que a saciedade que ansiamos é um dom de Deus, já usufuruído aqui nesta vida, é o dom do Espírito Santo, o Amor de Deus derramado em nossos corações. Essa é a água que nos sacia, sem a qual não poderemos viver.

 Fonte: radiovaticana.org/bra

domingo, 20 de março de 2011

REFLEXÃO PARA O II DOMINGO DA QUARESMA


VIVER A FÉ COM DISPOSIÇÃO DE CORRER RISCOS!
      Neste domingo, a liturgia se ocupa em nos mostrar que nossa vida deve ser um eterno caminhar com Jesus, tendo como exemplo Abraão que tudo deixa para seguir sua vida com Deus e deverá estar preparado para enfrentar, com ânimo, as dificuldades que encontrará na caminhada.

O chamado feito a Abraão - sua vocação - pode ser visto como o início do Povo de Deus. Nosso Patriarca vive bem em sua terra, possui mulher, família e muitos bens. Deus, ao convidá-lo para estar com Ele, solicita que deixe tudo e vá para onde Ele lhe indicar. Abraão obedece e parte com sua mulher e com seu sobrinho, empregados e bens. Ele confia na promessa do Senhor de que terá descendência e terra, de que será a origem de um grande povo.

O que aconteceu com Abraão? Como ele deixa a segurança conquistada pelos seus e empreende uma aventura? Qual a segurança que ele possui? Como tem certeza de que foi Deus quem lhe falou e lhe pediu essa aparente loucura?
Deus não apareceu a Abraão de um modo físico, palpável, e pronunciou palavras dirigidas a ele, mas Abraão possuía uma visão espiritual da realidade em que vivia. Ele sabia ler nos acontecimentos da vida a ação de Deus e entendia, refletindo na oração, o que Deus lhe pedia.

Abraão teve coragem de deixar o modelo de vida que lhe dava segurança e desacomodando-se seguiu em frente naquilo que o Senhor lhe pedia através de sinais entendidos na oração.
Todo aquele que presta atenção nos acontecimentos da vida – que sabemos por jornal, rádio, televisão, internet, e principalmente naqueles que se referem diretamente à nossa vida particular – e apresenta tudo isso ao Senhor, para que à luz do Espírito Santo, possa refletir, saberá quais os apelos de Deus para sua vida e poderá se considerar filho de Abraão, membro desse Povo que é guiado pelo Senhor e não tem medo de desafios e de viver na insegurança deste mundo. Sua proteção está no Senhor, que fez o céu e a terra. Por isso sente-se livre para deixar o conforto, a segurança e, com sua família, após um discernimento, partir para o desconhecido, mas indicado pelo Senhor.

No Evangelho, Mateus, como sempre, quer mostrar a todos que Jesus é o verdadeiro Messias. Ele, desde o início do trecho de hoje, usa terminologias conhecidas já no Antigo Testamento, quando vamos ler o relato da Criação: “Seis dias depois”. Seis dias depois de quê? Da Criação do Mundo, da Criação do Homem? Quando lemos o Êxodo: “uma alta montanha”. Qual? A do Sinai? Em seguida, ele vai falar de uma “nuvem luminosa”. Também lemos sobre ela no Êxodo.  
Como poderemos interpretar o recado de Mateus?
Em seu Evangelho, sempre que Jesus vai fazer algo muito importante, Ele sobe a montanha. Jesus repete várias vezes o que Moisés fez. Moisés é envovido por uma luz, Cristo também.
Após o sexto dia Deus descansou, temos a conclusão da Criação. No Evangelho, o sexto dia quer apresentar a plenificação daquilo que Deus preparou para o homem.
Mateus nos apresenta Jesus como o verdadeiro Moisés, aquele que dá ao novo Povo de Deus, a nova lei, aquele que revela Deus definitivamente! Jesus nos revela o projeto do Pai.

Todo aquele que possui uma afinidade, uma intimidade com Jesus Cristo, leva adiante essa atenção reflexiva para perceber se, no seu dia a dia, o Senhor não lhe está pedindo alguma coisa. Para essas pessoas, nada é por “acaso”. Para elas essa palavra não existe. O que aparentemente surgiu sem muito haver, de modo espontâneo, gratuito, mas interferindo em minha vida, deve ser olhado, refletido como uma mensagem de Deus para mim.
Para o três apóstolos: Pedro, Tiago e João, a trasfiguração de Jesus foi ocasião para crescerem na atenção dada ao Mestre. Jesus não era mais um, mais um Profeta, mas o Filho amado do Pai, no qual Ele colocou todo o Seu agrado e ao qual deveremos sempre escutar. 
Fonte: radiovaticana.org/bra


quinta-feira, 17 de março de 2011

Saudação ao povo de Deus no início do trabalho do Pe. José Ionilton, SDV como Pároco na Paróquia Nossa Senhora da Boa Hora, Campo do Brito (SE).


1. Agradeço a Deus o dom da vida, da fé cristã, da vocação à Vida Consagrada Religiosa Vocacionista e de presbítero;
2. Agradeço ao Governo da Província Vocacionista do Brasil por me oferecer esta oportunidade de vir compor, junto com o Pe. Sebastião Ferreira, a Comunidade do Vocacionário Nossa Senhora de Guadalupe e com ele nos colocar a serviço da parcela do Povo de Deus que está na Paróquia Nossa Senhora da Boa Hora, Campo do Brito;
3. Agradeço a Igreja da Arquidiocese de Aracaju, por ter aceitado a indicação que a Província Vocacionista fez de meu nome para o serviço de pároco desta paróquia;
4. Agradeço ao meu irmão de consagração Pe. Eudete pelos seus dois anos de serviço como pároco nesta paróquia e que foi servir na Paróquia São Sebastião de Olaria, Rio de Janeiro;
5. Agradeço ao meu irmão de consagração Pe. Sebastião pelo que ele já fez e vai comigo fazer na ação evangelizadora desta paróquia;
6. Agradeço aos paroquianos e paroquianas pelo acolhimento e carinho já manifestado nesta minha chegada a Campo do Brito. Desejo ser um irmão e um servidor de vocês, como nos ensina Jesus e nosso Fundador o Bem Aventurado Padre Justino;
7. Agradeço de modo particular aos irmãos e às irmãs da paróquia, que atuam nas Comunidades Urbanas e Rurais, nas Pastorais, Grupos e Movimentos. A participação ativa de vocês é de fundamental importância para a Igreja cumprir bem a sua ação evangelizadora aqui em Campo do Brito;
8. Como Vocacionista, quero saudar de modo especial as Apóstolas da Santificação Universal, a EVP – Equipe Vocacional Paroquial e aos Amigos e às Amigas das Vocações. Espero que juntos possamos realizar um trabalho vocacional frutuoso, procurando e cultivando as vocações para a Igreja;
9. Desejo contribuir para continuar e ampliar o trabalho que meus irmãos Pe. Eudete e Pe. Sebastião vinham realizando na Catequese, na Liturgia, na vida sacramental, na atividade missionária, nas pastorais sociais, na formação cristã e para a cidadania, na opção evangélica e preferencial pelos pobres e excluídos, na integração fé e vida, religião e cidadania;
10. Desejo, com o Pe. Sebastião, realizar nosso serviço na paróquia, envolvendo as lideranças e valorizando os espaços de escuta do povo, especialmente através do CPP – Conselho de Pastoral Paroquial, do CPAE – Conselho para Assuntos Econômicos, das reuniões com as coordenações das Comunidades Urbanas e Rurais, mas também ampliando os espaços de participação e escuta do povo. Peço que falem sempre conosco, pois a opinião de vocês, suas críticas e sugestões serão sempre bem vindas e respondidas. Neste sentido muito nos ajudará a organização da Pastoral da Comunicação;
11. Sou defensor de que a Economia da Igreja, das Dioceses, das Paróquias e das Comunidades é dinheiro público, porque originado do dízimo, coletas nas celebrações, doações de nosso povo. Desejo, com o Pe. Sebastião, continuar usando o dinheiro público de nossa paróquia com muito zelo e cuidado e de buscar sempre a transparência e a honestidade, fazendo chegar ao conhecimento de todos os paroquianos e de todas as paroquianas os relatórios econômicos mensais, que somos obrigados a apresentar à Arquidiocese e à Província Vocacionista;
12. Desejo, com o Pe. Sebastião, continuar e intensificar a presença de nossa paróquia nas atividades da Arquidiocese e do Vicariato São Lucas, Agreste, bem como na vida pública de nosso município, a fim de poder contribuir com o bem comum e o controle social do dinheiro público, motivando os fieis para acompanharem e participarem das sessões da Câmara de Vereadores e das reuniões dos Conselhos Municipais;
13. No desejo de começar a conhecer melhor nossas lideranças e planejarmos a execução do que foi planejado no assembléia paroquial para os próximos meses, realizamos, dia 15, a reunião do CPP de nossa Paróquia. Onde tratamos dos seguintes assuntos: Calendário: março e abril; CPAE: constituição; Comissão de Festa 2011; Livro de Identificação das pastorais, grupos, movimentos e Comunidades; Desafios mais urgentes: ampliar nossa atuação com as Pastorais Sociais: Sobriedade e Saúde; Formação: Escola de Leigos(as) (temas: Bíblia, Magistério e Doutrina Social da Igreja); Missão: COMIP – Comissão Missionária Paroquial; Fé e Cidadania: Conselhos Municipais, Câmara, Controle Social das Contas Públicas; PASCOM paroquial; CPP: 4ª quarta; Horário: 19:30 hs.; Pauta com antecedência; Igreja abrir durante o dia; Secretaria: foi decidido mudar o atendimento para o térreo (questão de acessibilidade para as pessoas idosas e com alguma dificuldade para subir escada). Dê sua opinião sobre estes assuntos pelo e-mail da paróquia (paroquia.boahora@hotmail.com)  ou pelo meu e-mail pessoal (ioniltonsdv@bol.com.br) ou entregando sua opinião na secretaria da paróquia. Vamos voltar a falar sobre estes e tomar decisões no próximo CPP em abril.

Um abraço com carinho a cada irmão e a cada irmã na fé da Paróquia Nossa Senhora da Boa Hora e São Roque.

A Trindade, nosso Deus, nos abençoe e nos faça trabalhar com ardor pelo seu Reino, que é justiça, paz e alegria (cf. Rm 14,17).

Em Cristo, Maria, Mãe da Boa Hora, São Roque e o Bem Aventurado Justino Russolillo.

Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV
Religioso Vocacionista
Pároco

domingo, 13 de março de 2011

REFLEXÃO PARA O I DOMINGO DA QUARESMA

         UMA ESCOLHA A SE REFAZER SEMPRE!

      Começamos a Quaresma com um texto que nos possibilita refletir sobre o projeto de Deus a respeito do ser humano. O livro do Gênesis nos apresenta o homem sendo criado como o ponto alto de toda a criação, como imagem e semelhança de Deus. Exatamente por isso ele deverá proceder como superior a tudo e não deixar-se influenciar por nenhuma qualidade de qualquer coisa criada, deverá permanecer sempre livre!

É nesse exato momento que entra o a perversão do Mal ao provocar no homem o forte e imperioso desejo de experimentar a fruta proibida, ao ponto de apequenar-se cedendo às qualidades olfativas e visuais da fruta em detrimento da orientação do Criador.

Foi o primeiro ato em que o ser humano demonstrou que abria mão de sua liberdade para satisfazer seus instintos, sua curiosidade e, tragicamente, querer ser igual a Deus. Deixou de se reconhecer criatura, homem, vindo da terra, do humus e querendo, com seu próprio poder chegar a ser onipotente. O ser humano trocou a humildade pela soberba, eis o primeiro pecado.

No Evangelho, Jesus, o Homem Perfeito, a verdadeira imagem do Pai, vence o Mal ao manter-se submisso ao Pai e mostrar-se um homem livre. Não será a comida, a satisfação de suas necesidades biológicas que irá submetê-lo às propostas do Mal; nem a tentação do orgulho, da vaidade, do ser renomado, do ser famoso, do prestígio irá fazê-lo aceitar a imposição de Satanás e nem a sedução do poder o derrotará em sua fidelidade ao Pai.

Para nós, a ação de Jesus, sua postura, nos interpela quando em nossa vida somos tentados a satisfazer nossas necessidades naturais, nossos desejos de prestígio e nossa sede de poder. Olhemos para o Homem Perfeito, a Imagem Visível do Deus Invisível, e suas respostas serenas às perturbadoras tentações.

No trecho da Carta aos Romanos, São Paulo nos fala sobre os modos de vida de Adão e de Cristo. O primeiro, como vimos no início de nossa reflexão, mostrou-se fraco. Contudo, essa debilidade foi herdada por todos nós, seus descendentes. Somos conscientes de que titubeamos e fracassamos diante das tentações.

Em Cristo temos exatemente a realização da vocação da natureza humana, ser superior a tudo sendo imagem de Deus, sendo livre!

Mais ainda, não podemos comparar a graça de Deus ao pecado de Adão, nos fala o Apóstolo. Se “pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi estabelecida em uma situação de pecado, assim também, pela desobediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça”, que é ser plenamente livre e plenamente unida a Deus.

Fonte: radiovaticana.org/bra

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Quaresma: seu sentido, sua observância

A Quaresma é um período de quarenta dias. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, prolongando-se até a Quinta-feira Santa, antes da Missa na Ceia do Senhor. Trata-se de um tempo privilegiado de conversão, combate espiritual, jejum e escuta da Palavra de Deus. Na Igreja Antiga, este era o tempo no qual os catecúmenos (adultos que se preparavam para o Batismo) recebiam os últimos retoques em sua formação para a vida cristã: eles deveriam entregar-se a uma catequese mais intensa e aos exercícios de oração e penitência. Pouco a pouco, toda a comunidade cristã - isto é, os já batizados em Cristo -, começou a participar também deste clima, tanto para unir-se aos catecúmenos, como para renovar em si a graça de seu próprio batismo e o fervor da vida cristã, preparando-se, assim, para a santa Páscoa. Assim, surgiu a Quaresma: tempo no qual os cristãos, pela purificação e a oração, buscam renovar sua conversão para celebrarem na alegria espiritual a Santa Vigília de Páscoa, na madrugada do Domingo da Ressurreição, renovando suas promessas batismais. 

As práticas da Quaresma

A oração: neste tempo os cristãos se dedicam mais à oração. Uma boa prática é rezar diariamente um salmo ou, para os mais generosos, rezar todo o saltério no decorrer dos quarenta dias. Pode-se, também, rezar a Via Sacra às sextas-feiras!
A penitência: todos os dias quaresmais (exceto os domingos!) são dias de penitência. Cada um deve escolher uma pequena prática penitencial para este tempo. Por exemplo: renunciar a um lanche diariamente, ou a uma sobremesa, etc... Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa os cristãos jejuam: o jejum nos faz recordar que somos frágeis e que a vida que temos é um dom de Deus, que deve ser vivida em união com ele. Os mais generosos podem jejuar todas as sextas-feiras da Quaresma. Farão muitíssimo bem! Recordemo-nos que às sextas-feiras os católicos não devem comer carne; e isto vale para o ano todo!
A esmola: trata-se da caridade fraterna. Este tempo santo deve abrir nosso coração para os irmãos: esmola, capacidade de ajudar, visitar os doentes, aprender a escutar os outros, reconciliar-se com alguém de quem estamos afastados - eis algumas das coisas que se pode fazer neste sentido! Neste ano, a Igreja no Brasil lembra-nos os irmãos idosos. Um belo modo de esmola é a atenção e o gesto de carinho para com os anciãos.
A leitura da Palavra de Deus: este é um tempo de escuta mais atenta da Palavra: o homem não vive somente de pão, mas de toda Palavra saída da boca de Deus. Seria muitíssimo recomendável ler durante este tempo o Livro do Êxodo ou o Profeta Jeremias ou Oséias ou, ainda, a Epístola aos Romanos.
A conversão: “Eis o tempo da conversão!”, diz-nos São Paulo. Que cada um veja um vício, um ponto fraco, que o afasta de Cristo, e procure lutar, combatê-lo nesta Quaresma! É o que a Tradição ascética de Igreja chama de “combate espiritual” e “luta contra os demônios”. Nossos demônios são nossos vícios, nossas más tendências, que precisam ser combatidas. Os antigos davam o nome de sete demônios principais: a soberba, a avareza, a tristeza (hoje diz-se a inveja), a preguiça, a ira, a gula, a sensualidade. Estes demônios geram outros. Na Quaresma, é necessário identificar aqueles que são mais fortes em nós e combatê-los! 

Fonte: www.domhenrique.com.br

terça-feira, 8 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011 reflete sobre vida no planeta

     Conversão, fé, mudança de vida e um planeta no qual vigore o desenvolvimento sustentável e a vida é respeitada como dom em todas as suas manifestações. Todos esses temas estão interligados e é para mostrar estes vínculos estreitos que se dedica a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano.

O tema da CF 2011 é "Fraternidade e a Vida no Planeta", com o lema "A criação geme em dores de parto" (Rm 8, 22). Desde 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe anualmente algum tema de relevância para auxiliar a caminhada dos católicos durante os quarenta dias que separam a Quarta-feira de Cinzas da Páscoa – denominado "Quaresma" no calendário litúrgico.

O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, recorda a originalidade da Campanha, que "pretende sempre suscitar debate e se tornou um dos principais instrumentos de conscientização que a Igreja dispõe em nível nacional. É um produto genuinamente brasileiro. Não existe nada similar em outros países. É a nossa maneira concreta de viver a Quaresma", explica.
"A Campanha quer cooperar para que todos os cristãos possam fazer uma caminhada de conversão pessoal e celebrar com grande alegria a Páscoa de Jesus", destaca o secretário-executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias.

A temática ambiental/ecológica é trabalhada em diversos níveis, desde governo até comunidades. No entanto, qual é a diferença que aparece quanto o assunto é tratado no terreno da Igreja? "Fazemos isso a partir de nossa visão de pessoa e da própria Doutrina Social da Igreja (DSI). Nosso diferencial é a finalidade da Quaresma e as reflexões realizadas à luz da fé – nos interessa perceber o que a fé, a Tradição, a Palavra de Deus têm a nos dizer", relata Dom Dimas.

Nesse processo, a conscientização das comunidades é o primeiro passo para a tomada de ações concretas, levando em conta as demandas de cada realidade. "Aí, não podemos deixar uma reflexão de lado: o consumo. Vivemos numa sociedade consumista por excelência. É um sistema que gira dessa forma. E as pessoas vão se tornando cada vez mais homofabers (viver para trabalhar), buscam apenas a perspectiva do conforto, do bem-estar, enfim", lembra padre Dias.

Tema e história

O lema da CF 2011 é retirado de uma das várias cartas escritas por São Paulo, que possui uma "visão cósmica da salvação", conforme explica o secretário-geral da CNBB.

"Para Paulo, a salvação não é assunto referente apenas às almas, nem somente aos cristãos, é algo que diz respeito à humanidade toda. Mais ainda, a todo o universo. Jesus é o mediador de uma nova e eterna aliança que tem repercussões cósmicas. Nesse sentido, Paulo lembra que a criação inteira ainda aguarda sua plenitude, que realiza-se em Cristo, porque n'Ele todas as coisas foram feitas", salienta o bispo.

Nessa perspectiva, o ser humano precisa assumir seu papel de cocriador na criação, enquanto administrador de tudo o que foi criado por Deus.

"As Campanhas anteriores tiveram um foco bem saliente nos sofredores e pobres, necessitados, e é importante que seja assim. No entanto, o foco agora se alarga para pensar na vida do planeta como tal. Afinal de contas, nem pobres ou ricos sobreviverão se o planeta for destruído", pondera Dom Dimas.

Acerca da noção de desenvolvimento sustentável, o secretário-geral adverte que todos querem desenvolvimento, mas é preciso buscá-lo com responsabilidade. "Muitos países estão pouco interessados com o futuro e investem em processos contra o meio ambiente. Isso é irresponsável, pois o que está em jogo não é a vida da geração de hoje somente, mas das gerações futuras, ameaçadas quando iniciativas públicas não são feitas com responsabilidade".

Fonte: cancaonova.com.br
 

sábado, 5 de março de 2011

REFLEXÃO PARA O 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM

IMPORTA FAZER E NÃO APENAS FALAR!

        Incutir no coração e na alma as palavras de Javé, palavras de Vida e de Felicidade, transmitidas por meio de Moisés: esse é o espírito da 1ª leitura da liturgia deste domingo. A seguir, o autor do Deuteronômio apresenta o final do discurso de Moisés, em que bênçãos e maldições são consequências de nossas opções. A primeira, se obedecermos a Deus e a segunda, se nos afastarmos do caminho do Senhor para seguirmos outros deuses.

Aparentemente, isso pode significar prêmio para os bons e castigo para os desobedientes. Mas não é assim. O Senhor é Pai bondoso e não nos castiga, mas apenas nos corrige para o nosso bem. No caso, quando o autor sagrado fala em bênção e maldição, ele quer nos dizer que seguir os caminhos de Deus, é seguir o caminho da vida, da felicidade, porque Deus é a felicidade, Deus é a vida. Do mesmo modo, o castigo, a maldição já está implícita na própria escolha. Se opto por assistir a um fime policial, não posso reclamar que ele seja tenso e repleto de crimes. Do mesmo modo, não existirá surpresa se o filme escolhido é um musical e ele está repleto de cantos e danças. Portanto, bênçãos e maldições não são prêmios e nem castigos, mas consequências de nossas opções.

No Evangelho, Jesus se serve da imagem da construção de uma casa, a ser construída sobre a rocha ou sobre a areia, para nos alertar sobre a conveniência de optarmos pela solidez dos ditames divinos, que nos dará a felicidade almejada. Do mesmo modo, o Senhor nos previne sobre o desastre que se verificará caso nossa opção ser o mais fácil, a lei do menor esforço, representado pela escolha da areia como terreno para a construção de nossa vida. A frustração será absoluta!

Somos os autores, os senhores de nossa felicidade e sucesso e, do mesmo modo, responsáveis pelo nosso fracasso e ruína.

A segunda leitura, da Carta de São Paulo aos Romanos nos apresenta Jesus como nosso Redentor, Aquele pelo qual o Pai decidiu perdoar nossos pecados, os pecados de toda a Humanidade. Mais ainda, esse perdão nos vem de modo absolutamente independente da Lei: “Irmãos: Agora, sem depender do regime da Lei, a justiça de Deus se manifestou, atestada pela Lei e pelos Profetas, justiça de Deus essa que se realiza mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que têm a fé.” Portanto a justificação, o perdão, independe de nossas boas ações, mas é um dom de Deus. Paulo escreve: “Com efeito, julgamos que o homem é justificado pela fé, sem a prática da Lei judaica.”

Somos salvos ou condenados não por nossos atos, mas pela fé em Jesus Cristo! Construir sobre a rocha é construir sobre os ensinamentos de Jesus Cristo e, consequentemente, teremos a felicidade já nesta vida. Mas ter a felicidade eterna é dom gratuito de Deus, jamais fruto de nossas boas ações.

Fonte: radiovaticana.org/bra